domingo, 10 de junho de 2012

Meu beagle!!

Gosto de cachorro. Não amo, nem adoro.Gosto de cachorro.
Quando criança, meus pais sempre tiveram cães em casa. Cães como antigamente se tinha: vira-lata no quintal.
Nunca quis ter cães, mesmo quando meus filhos eram crianças e pediam.
Quando me mudei para esta casa onde moro hoje, (foi uma conquista enorme, para quem morava em apartamento de conjunto habitacional popular, divorciada e com 2 filhos pré-adolescentes), numa manhã de sábado, o "dia da limpeza" tive uma surpresa:

O Samuel, entra em casa com um cachorro no colo e diz: "mãe, olha o que eu ganhei........."
Foi muito difícil não aceitar, o cachorro era lindíssimo, um beagle adulto e muito esperto.
Então, já que não havia outro jeito, o jeito foi curtir. Nem preciso explicar muito que fui a primeira a me encantar pelo nosso: LUCK

Quem deu o cachorro foi um senhor vizinho, a filha dele havia comprado o cachorro pro filho dela, quando teve que se mudar para um apartamento não pode levar, eles deram o Luck para um vizinho que morava a umas 4 quadras distante. Ele ficou com o cachorro por alguns anos e depois veio devolver, pois ia se mudar, já tinha outros cães e não dava pra levar todos. 
A história do Luck foi sendo escrita com muitas mudanças, rejeições e adaptações......

A partir de então ele foi o nosso querido cachorro, ele já tinha nome e personalidade forte. Danado como só um beagle sabe ser, inteligente e companheiro. 
Ele logo ganhou uma casinha e ficava no quintal, mas assim que percebia o primeiro movimento dentro de casa, arranhava a porta e é claro que nós abríamos pra que ele fizesse seu passeio pela casa, ele entrava pulando como um cabritinho e ia direto pro quarto do Samuel, onde sempre encontrava uma peça de roupa pelo chão e voltava com o troféu.........
Várias peças rasgadas....quando eram do Samuel não tinha problema, mas quando ele pegava da Bruna, aí levava bronca........rs rs rs uma vez rasgou uma saia nova muito bonita. A Bruna era a única que colocava limites no Luck, ele sabia e fazia suas "vingancinhas" no quarto dela........

Levamos o Luck pra namorar, ganhei em troca uma cadelinha que dei de presente para uma amiga muito querida. É a Poli. Uma cadelinha lindíssima, assim como o pai.



Ficamos com o Luck, (esqueci de mencionar o significado do nome: "sorte"), por uns 3 a 4 anos. Foi um tempo muito legal, ele trouxe muitas alegrias, nos ajudou a caçar ratos no quintal, cenas inesquecíveis: eu e o Samuel morrendo de medo do rato e o Luck latindo e enfrentando........os vizinhos intervinham pra saber o que estava acontecendo, tamanho "escândalo" que fazíamos.........seria engraçado se não fosse trágico. 

Conviver com animal é muito bom. 
Mas nossa convivência teve um final triste para mim.........
Os filhos cresceram um pouquinho, a casa ficou vazia e o Luck, triste!
Consequência: ele decidiu ir embora ....................................e foi!
Cada vez que encontrava uma frestinha no portão, escapava e ia para casa do antigo dono....
O homem vinha traze-lo de volta, mas se cansou e acabou por ficar com ele novamente, o Luck escolheu seu destino. Não houve como dissuadi-lo, ele foi categórico, aqui ficava triste, acabrunhado, não dava pra segurar....

O motivo da minha postagem é que hoje encontrei o dono antigo-novo do Luck no supermercado e fiquei sabendo que o Luck já não está mais entre nós. Foi fazer uma castração e não resistiu a anestesia.
Lembrei do meu beagle com muito carinho hoje.......
Mauricio e Samuel com a Poli (filha do Luck) e o Luck!

Um comentário:

Anônimo disse...

Rose. Por coincidência minha esposa também se chama Rose. engraçado né? Ao ler o seu relato fiquei rindo sózinho. É que eu tenho uma Beagle linda, de nome BRIDA. O nome foi escolhido a partir de um livro do Paulo Coelho. Ela é linda mesmo e as caracteristicas são exatamente como voce disse. BRIDA é levada da breca. Mas é o nosso amor (meu e de Rose). Ela dorme na nossa cama todos os dias. Já comeu controle remoto da tv, roeu os pés das cadeiras e imagine comeu um pedaço do colchão da cama. Ficamos p. de vida, mas fazer o que. Não temos filhos e ela passou a ser a nossa filhota. Amamos ela de paixão. È uma pena que o seu LUCK não esteja mais por aqui. Foi se encontrar com o DEUS e o JESUS CRISTO dos cachorrinhos. Eles são anjos que são colocados em nossas vidas. Obrigado pela sua história. Adorei.
Cássio Salomon